Vida e obra de Euclides da Cunha
O caucheiro é por força um nômade, um pesquisador errante, estacionando nos vários pontos a que chega até que tombe o último pé de caucho. Daí o seu papel notável no desvendar paragens desconhecidas.
Euclides da Cunha, Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus, 6º, Considerações gerais sobre os caracteres físicos da região e seus povoadores, 1906. Foto: Castilloa elastica retratada por Vinayaraj
Sigamos — no nosso antigo e esplêndido isolamento — para o futuro; e, conscientes da nossa robustez, para a desafronta e para a defesa da Amazônia, onde a visão profética de Humboldt nos revelou o mais amplo cenário de toda a civilização da terra.
Euclides da Cunha, Solidariedade Sul-americana, Contrastes e confrontos
Ressoa-lhe em todas as folhas um generoso grito de protesto contra as brutalidades e os erros que nesta hora se exercitam no inferno florido dos seringais que as matas exuberantes escondem, revestem, traiçoeiramente, com as cores fagueiras da esperança…
Euclides da Cunha em preâmbulo ao livro Inferno verde, de Alberto Rangel. In: Ensaios e inéditos (Editora Unesp, 2018), Dispersos, pp. 115-6.