Artista barroco

aspas

Havia de fato em Euclides da Cunha a magia do artista barroco. Ele via a realidade, às vezes, como se estivesse possuído, dominado por ela. E os seus poderes de mágico engrandeciam a realidade, transformavam as coisas do seu jeito, faziam vinho da água; realizavam o milagre.

José Lins do Rego, Gordos e magros

Sinceridade

aspas

Repito: não me preocupo com o destino literário daquele livro que é, afinal, um desgarrão na rota da minha engenharia rude; ele tem o mérito único da sinceridade; é o depoimento de uma testemunha e terá extraordinário valor se conseguir fornecer a futuros historiadores uma página única ― mas verídica e clara.

Euclides da Cunha em carta a José Veríssimo, Lorena, 24 de dezembro de 1901.