[Quadro 3]
Algumas medições realizadas no Purus e em seus afluentes
Denominação | Profundidade na vasante [em m] | Largura na vasante [em m] | Largura na enchente [em m] | Caracteres físicos | Volume |
Paraná-pixuna (margem direita) [ 1 ] | 5,50 | – | – | Água preta | – |
Jacaré (margem direita) | 5,50 | 130 | 219,0 | Água clara | – |
Maguari (margem direita) | 1,50 | 10,0 | 25,25 | – | – |
Cachimbo (margem esquerda) | 3,0 | 15,20 | 65,35 | – | – |
Curacurá (de baixo) (m. d.) | 3,0 | 33,30 | 45,50 | – | – |
Mahã (margem esquerda) | 0,60 | 3,0 | 46,0 | – | – |
Tapauá (margem esquerda) | – | – | 425,0 | – | – |
Cunhuá (margem esquerda) | 0,0 | Em seco | 120,0 | – | – |
Pamafari (de cima) (m. esq.) | 0,80 | 3,20 | 28,0 | – | – |
Pamafari (de baixo) (m. esq.) | 1,60 | 12,0 | 60,25 | – | – |
Curacurá (de cima) (m. d.) | 0,0 | Seco | 56,20 | – | – |
Caratiá (margem esquerda) | 4,30 | 12,0 | 47,0 | – | – |
Mucuim (margem direita) | 3,68 | 38,25 | 60,30 | – | – |
Anhafurrá | 3,0 | 52,90 | 105,80 | – | – |
Apitauã (boca de lago) (m. e.) | 3,20 | 35,0 | 56,80 | – | – |
Cainaã (margem esquerda) | 3,41 | 41,0 | – | – | – |
Mufuá | 3,20 | 20,0 | 42,60 | – | – |
Ituxi (margem direita) | 9,25 | 154,80 | 329,50 | Água preta | |
Amaciari (margem esquerda) | 0,20 | 4,30 | 28,56 | – | – |
Jurucuá (de baixo) | 10,0 | 140,25 | 250,0 | – | – |
Jurucuá (de cima) | 1,40 | 120,0 | 208,0 | – | – |
Marrahã (margem direita) | 10,40 | 22,0 | – | – | – |
Mamoriá (margem esquerda) | 8,40 | 25,21 | 46,80 | – | – |
Sepatini (margem direita) | 9,40 | 43,0 | 68,35 | – | – |
Jauari (margem direita) | 1,60 | 15,0 | 31,8 | – | – |
Canacuá (margem direita) | 0,60 | 6,60 | 27,25 | – | – |
Assimã (margem direita) | 1,80 | 8,60 | 26,0 | – | – |
Seariã (margem esquerda) | 2,0 | 9,0 | – | – | – |
Tumiã (margem direita) | 2,50 | 12,0 | 24,40 | Água preta | – |
Abunini (m. esq.) | 1,50 | 8,0 | 25,0 | – | – |
Afuri (m. d.) | 1,30 | 6,40 | 25,0 | – | – |
Mamoriá (m. esq.) | 3,80 | 40,0 | 60,0 | – | – |
Seruini (m. d.) | 3,0 | 14,0 | 26,75 | Água preta | – |
Inari (m. esq.) | 1,40 | 13,0 | 26,30 | – | – |
Pauini (m. esq.) | 3,0 | 70,0 | 126,0 | – | – |
Peneri (m. d.) | 1,40 | 9,80 | 21,50 | – | – |
Teuini (m. esq.) | 3,40 | 32,30 | 50,40 | Água preta | – |
Inauini (m. esq.) | 4,20 | 55,50 | 69,0 | Idem | – |
Acre (m. d.) | 5,95 | 77,0 | 158,75 | Água amarelada. Temperatura = 24,5°C | 694m³, 278 por segundo. Nível médio. Medição em 3 de maio de 1905. |
Iaco ou Iacu | 3,68 | 76,14 | 102,0 | Temperatura = 27,2 °C | 169,086m³ |
Macapá (m. esq.) | 2,60 | – | 27,80 | Água clara | – |
Chandless (antigo Aracá) (m. d.) | 2,50 | 75,0 | 93,0 | Temperatura = 28,25°. Cor parda avermelhada. | 11,020m³ na vazante |
Furo do Juruá (ou furo Tarauacá) (m. esq.) | 0,50 | 9,0 | 51,0 | Água parda | – |
Santa Rosa (Curinaha) (m. esq.) | 2,20 | 43,0 | – | Cor parda esverdeada | 0,797m³ na vazante. |
Chambuiaco (m. d.) | – | 9,76 | 19,17 | Branca | 0,123m³ na vazante |
Curanja (Curumaá) (m. esq.) | 0,60 | 64,0 | 91,0 | Água pardacenta | 9,116m³ |
Independência (m. d.) | – | – | 18,0 | Cor branca | – |
Santa Cruz (m. d.) | – | – | 22,0 | Cor branca | 0,663m³ na vazante |
Cocama (m. d.) | – | 16,80 | 32,20 | Cor branca | – |
Maniche (m. esq.) | 0,45 | 18,0 | 33,60 | Cor branca | 3,120m³ na vazante |
Chambuiaco (Apitirijá) (m. d.) | 0,50 | 26,20 | 68,0 | Cor branca | 1,318m³ na vazante |
Tingoleale (m. d.) | – | – | 13,34 | Cor branca | – |
Ronsocoiaco (Rio dos Patos) (m. d.) | 0,32 | 10,0 | 32,50 | Temperat. 26°. Cor clara. | 0,564m³ |
Curiúja | – | 40,0 | 75,0 | Temperat. 26°. Cor clara. | 7,8161m³ |
Cujar | – | 41,0 | 50,0 | Temperat. 26°. Cor clara. | 8,522m³ |
Cavaljani | – | 12,0 | – | Temperat. 26°. Cor clara. | 0,963m³ |
OBSERVAÇÕES
[ 1 ] Aflui perto de uma barreira onde se observa uma formação de grés ferruginoso (Pará Sandstein)
[ 2 ] Inexplorado em quase toda a extensão. Ali se erigia em 1864 a primeira maloca flutuante dos índios Pamaris.
[ 3 ] Antigo Purú-puru-canêra (ossos dos puru-Purus). Ai foram, outrora, trucidados os pamaris em um grande combate com os muras.
[ 4 ] Antigamente dizia-se Aracurá.
[ 5 ] Antigamente Humahan; boca de lago.
[ 6 ] Biparte-se na foz, formando uma ilha com o caráter mui sensível de um delta.
[ 7 ] Ou Pamaharii, por onde seguiam outrora os pamaris para o Juruá.
[ 8 ] Perto está o sacado do mesmo nome aberto em 1900.
[ 9 ] Antigamente Mafarrá.
[ 10 ] Em 1863 viam-se na sua foz as primeiras aldeias dos Jamamadis. Dizia-se Apituan.
[ 11 ] Figura-se ser antes a boca de um lago. Dizia-se outrora “Caynaham”.
[ 12 ] Boca de lago. Antigo Mufauá.
[ 13 ] Devastado pelo impaludismo.
[ 14 ] Boca do lago do mesmo nome. Outrora “Maciary”.
[ 15 ] Sacado em 1903. Outrora “Hyurucuá”.
[ 16 ] Boca de lago. Antiga maloca de Hypurinãs. Escrevia-se “Siariham”.
[ 17 ] Em 1863 ali havia seis malocas de ipurinãs.
[ 18 ] Pedras que aparecem logo adiante, fronteiras a uma barreira.
[ 19 ] Tem varadouro para o Tapauá.
[ 20 ] Boca de lago. Escrevia-se dantes “Hynahary”.
[ 21 ] Antigo Seuini. Em 1863 povoado de Ipurinãs e Jamamadis nas cabeceiras.
[ 22 ] Temperatura do Purus antes do Acre 26,1 °C. Idem depois do Acre 25,80 °C
[ 23 ] Chandless dá-lhe a temperatura de 25,4°C (1865). Muito represado pelo Purus. Velocidade absoluta = 0,35m, sendo a do Purus, ali de 1,67m. Nas grandes cheias dizem que comunica com o Acre por um furo.
[ 24 ] Muito represado. Velocidade absoluta 0,146m. Nas cheias, porém, faz refluir, às vezes, o Purus.
[ 25 ] De suas cabeceiras vara-se para o Jurupari, afluente do Tarauacá. Ali encontrou Manoel Urbano os primeiros índios Maneteneris.
[ 26 ] Cabeceira habitada por índios Coronauas, bravios. Varadouro para o Curanja e o Juruá.
[ 27 ] Muito remansado na vazante. Corrente insensível.
[ 28 ] Vara-se para o Juruá pelo Envira e pelo Santa Rosa.
[ 29 ] É o Manoel Urbano, de Chandless.
[ 30 ] Junto do povoado de índios “Campas” do mesmo nome.
[ 31 ] É o rio dos Patos, de Chandless.
[ 32 ] Vara-se para o Inuia, Urubamba e Ucaiale.
[ 33 ] 73 cachoeiras e corredeiras. Vara-se pelo Pucani, o mais meridional dos galhos do Purus, para o Sepaua, Urubamba e Ucaiale.
[ 34 ] Neste no Cujar e no Curiúja houve pequenos repiquetes aumentando o volume.
[ 2 ] Inexplorado em quase toda a extensão. Ali se erigia em 1864 a primeira maloca flutuante dos índios Pamaris.
[ 3 ] Antigo Purú-puru-canêra (ossos dos puru-Purus). Ai foram, outrora, trucidados os pamaris em um grande combate com os muras.
[ 4 ] Antigamente dizia-se Aracurá.
[ 5 ] Antigamente Humahan; boca de lago.
[ 6 ] Biparte-se na foz, formando uma ilha com o caráter mui sensível de um delta.
[ 7 ] Ou Pamaharii, por onde seguiam outrora os pamaris para o Juruá.
[ 8 ] Perto está o sacado do mesmo nome aberto em 1900.
[ 9 ] Antigamente Mafarrá.
[ 10 ] Em 1863 viam-se na sua foz as primeiras aldeias dos Jamamadis. Dizia-se Apituan.
[ 11 ] Figura-se ser antes a boca de um lago. Dizia-se outrora “Caynaham”.
[ 12 ] Boca de lago. Antigo Mufauá.
[ 13 ] Devastado pelo impaludismo.
[ 14 ] Boca do lago do mesmo nome. Outrora “Maciary”.
[ 15 ] Sacado em 1903. Outrora “Hyurucuá”.
[ 16 ] Boca de lago. Antiga maloca de Hypurinãs. Escrevia-se “Siariham”.
[ 17 ] Em 1863 ali havia seis malocas de ipurinãs.
[ 18 ] Pedras que aparecem logo adiante, fronteiras a uma barreira.
[ 19 ] Tem varadouro para o Tapauá.
[ 20 ] Boca de lago. Escrevia-se dantes “Hynahary”.
[ 21 ] Antigo Seuini. Em 1863 povoado de Ipurinãs e Jamamadis nas cabeceiras.
[ 22 ] Temperatura do Purus antes do Acre 26,1 °C. Idem depois do Acre 25,80 °C
[ 23 ] Chandless dá-lhe a temperatura de 25,4°C (1865). Muito represado pelo Purus. Velocidade absoluta = 0,35m, sendo a do Purus, ali de 1,67m. Nas grandes cheias dizem que comunica com o Acre por um furo.
[ 24 ] Muito represado. Velocidade absoluta 0,146m. Nas cheias, porém, faz refluir, às vezes, o Purus.
[ 25 ] De suas cabeceiras vara-se para o Jurupari, afluente do Tarauacá. Ali encontrou Manoel Urbano os primeiros índios Maneteneris.
[ 26 ] Cabeceira habitada por índios Coronauas, bravios. Varadouro para o Curanja e o Juruá.
[ 27 ] Muito remansado na vazante. Corrente insensível.
[ 28 ] Vara-se para o Juruá pelo Envira e pelo Santa Rosa.
[ 29 ] É o Manoel Urbano, de Chandless.
[ 30 ] Junto do povoado de índios “Campas” do mesmo nome.
[ 31 ] É o rio dos Patos, de Chandless.
[ 32 ] Vara-se para o Inuia, Urubamba e Ucaiale.
[ 33 ] 73 cachoeiras e corredeiras. Vara-se pelo Pucani, o mais meridional dos galhos do Purus, para o Sepaua, Urubamba e Ucaiale.
[ 34 ] Neste no Cujar e no Curiúja houve pequenos repiquetes aumentando o volume.