Canudos

ruínas da Igreja Nova, Canudos, Bahia
Ruínas da mais nova igreja de Belo Monte, a Igreja do Bom Jesus, 1897. Foto: Flávio de Barros. Acervo Museu da República

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.

Euclides da Cunha, Os Sertões, A Luta, Últimos Dias, VI. Euclides refere-se ao dia 5 de outubro de 1897.

Favela

Cnidoscolus Phyllacanthus
Flores de Cnidoscolus phyllacanthus. Foto: João Medeiros

As favelas, anônimas ainda na ciência — ignoradas dos sábios, conhecidas demais pelos tabaréus – talvez um futuro gênero cauterium das leguminosas, têm, nas folhas de células alongadas em vilosidades, notáveis aprestos de condensação, absorção e defesa.

Euclides da Cunha, Os Sertões, A Terra, IV. A pequena cidade de Canudos ou Belo Monte (Bahia) foi construída junto a alguns morros, um desses era o Morro da Favela, batizado assim em razão de um tipo de planta predominante na região, a Cnidoscolus quercifolius (chamada popularmente de favela). Segundo Ataliba Nogueira, em António Conselheiro e Canudos, p. 211, a favela foi empregada no curtume e deu nome ao “Morro da Favela”.