Cumprindo o expresso nestas instruções, as comissões de reconhecimento, reunidas na cidade de Manaus, depois de verificados os seus títulos, compararam os seus cronômetros, como se vê das atas anexas; e prolongaram a sua estadia até ao dia 5 de Abril, em que a Comissão Mista de Reconhecimento do Alto Purus seguiu em demanda do seu destino. Esta demora obrigatória foi ocasionada pela das Instruções, recebidas poucos dias antes da partida; de sorte que o tempo despendido em Manaus nos desalentava, tornando problemático o chegarmos ao termo da viagem de que nos encarregáramos, sobre aumentar grandemente as suas dificuldades, porque a vazante começava naquela quadra e as facilidades da navegação a vapor diminuíam ao mesmo passo que aumentavam as distâncias que deveríamos transpor em canoas num rio de tão dilatado curso.
Apesar disto, aproveitou-se o tempo em predispor os elementos de mobilização do melhor modo possível – e ambas as comissões, anelando um exato e rápido cumprimento do dever, estiveram prontas ao mesmo tempo para seguirem, conjuntamente, desde que se cumpriram as preliminares das referidas instruções.
Partíamos na quadra mais imprópria, precisamente quando ia cessar a navegação regular para o Alto Purus, subordinada, como se sabe, aos períodos das vazantes e das enchentes que todos os anos se sucedem de Abril e Novembro e de Novembro a Março.
Entretanto a subida até a confluência do Acre se fez com a maior regularidade, ainda que excessivamente morosa.
Reunida toda a comissão mista na confluência do rio Purus, às 7 horas da manhã do dia 9 de Abril, concertaram os dous comissários, peruano e brasileiro, quanto às linhas gerais dos processos que deviam adotar para o início dos trabalhos, o que tudo consta da ata que na ocasião se lavrou:
Deveriam continuar navegando dia e noite, efetuando-se o levantamento hidrográfico somente durante o dia, de modo que as seções percorridas à noite, e que, portanto, não poderiam ser marcadas, se incluiriam no contra-levantamento, que se realizaria na volta. Esta medida visava, essencialmente, ressarcir o tempo que se perdera e aproveitar uns restos da enchente, que seriam de todo perdidos com as demoras impostas por um trabalho regular. Estávamos, além disto, ainda nas regiões mais bem conhecidas do Purus e devíamos fazer quanto em nós coubesse para atingirmos os longínquos pontos de suas cabeceiras, que constituíam o objecto essencial da nossa missão.
Estes lineamentos gerais modelando os nossos trabalhos futuros seriam, ademais, como realmente o foram, modificados consoante as circunstâncias e uma experiência maior das coisas.
Assim, desde logo, a comissão peruana, a quem uma embarcação única facultava mobilização mais regular, iniciou o levantamento ininterruptamente, dia e noite, no que foi a breve trecho acompanhada pela brasileira, desde que se contratou o reboque do batelão Manoel Urbano pelo vapor Tracuá no dia 13 de Abril, em Boa Vista do Bacuri.
Até este ponto a viagem fora extremamente morosa. Melhorou depois, navegando ligadas as duas lanchas brasileiras, por maneira a estabelecer-se maior uniformidade na marcha e verificar-se com maior exação o levantamento contínuo acima referido.
Infelizmente o vapor, que rebocava aquele batelão, dando sobre um pau e ficando a pique de um naufrágio, muito contribuiu para maior demora da marcha; de sorte que somente a 5 de Maio, exatamente um mês depois da nossa partida de Manaus, prosseguimos da boca do Acre para as cabeceiras.
Ali aproveitando uma parada de três dias, de 2 a 5 de Maio, se fizeram pela primeira vez, os regulamentos dos cronômetros, assim como as primeiras observações acerca do regimen e caracteres físicos dos rios. Como estes trabalhos requerem longa demora, acordamos (já que as instruções só exigiam um ligeiro levantamento do Baixo Purus e os motivos expostos nos impunham uma avançada célere) em começar as observações de coordenadas e de outros pormenores somente do Acre para montante. Havia também a causa fundamental de estar bem estudado o trecho que percorreramos, além de existirem, mais para cima, pontos de posição bem determinada que permitiriam com mais segurança a definição das marchas cronométricas, sujeitas não só às causas ordinárias de variação como a outras, acidentais, que, certo, ofereceriam as [con]dições especiais em que realizávamos a viagem.
Combinaram-se novos dispositivos, de acordo com a vazante crescente e menor volume do Purus depois da perda do seu maior tributário – ficando estabelecido que só viajássemos durante o dia, dados os perigos da subida, à noite, em virtude dos paus que começavam a repontar em maior número à flor das águas. Ao mesmo tempo convencionou-se um código de sinais de modo que os dous elementos da comissão se correspondessem facilmente, consoante as circunstâncias. E a viagem prosseguiu sem incidente digno de nota, adstrita às paradas obrigatórias para compra de lenha, e aos resguardos, cada vez maiores, no sentido de se evitarem os choques perigosíssimos dos paus que, num crescendo, iam aparecendo em vários pontos nos canais.
A fim de uniformizar melhor a navegação e, consequentemente, o levantamento que se operava, dependente em parte da regularidade da marcha, ligaram-se as duas lanchas, Cahuapanas e n. 4, acompanhando-as a Cunha Gomes com o batelão rebocado.
Depois da embocadura do Iaco, que foi alcançada a 11 de Maio, em cujas cercanias encontramos o “Neptuno” (o último vapor que conseguira descer livrando-se da vazante excessiva do rio) e singradura tornou-se irregularíssima, impondo constantes sondagens e paradas, em virtude não somente dos paus, que avultavam, numerosíssimos, desde Novo Destino, como também nos baixios de argila vermelha endurecida, que com os nomes locais de “torrões” e “salões” iam continuamente tornando mais duvidosa a travessia. Em Terruan e Catiana a “Cunha Gomes” imobilizou-se encalhada nesses bancos.
Prevíamos o fim da navegação na foz do Chandless, de onde não poderiam avantajar-se as nossas embarcações, pois os seus calados cada vez mais se impropriavam à escassez das águas. Mas precisamente no dia em que devíamos alcançá-la, quando nos achávamos pela manhã de 21 de maio na volta de S. Brás, um acidente desastroso modificou todo o curso da viagem. A passagem ali, a exemplo de outras que já se tinham transposto, oferecia a alternativa do encalhe ou do naufrágio – quer procurássemos a convexidade da praia, onde derivava a corrente, rasa, sobre as areias, quer navegássemos pela parte côncava, da barranca, onde a vantagem de uma maior profundidade se anulava completamente ante numerosos madeiros de pontas ameaçadoras que dificilmente poderiam ser evitadas.
Preferia-se, naturalmente, o último caso, em que pese aos perigos. Foi o que realizaram a Cahuapanas e a n. 4, atravessando, incólumes, o trecho perigoso, mas sem se forrarem ao encalhe (às 7h e 50min A. M.), na curvatura extrema da volta – de onde escaparam depois de algumas manobras.
A Cunha Gomes rebocando pesado batelão, vinha ligeiramente atrasada; de sorte que ainda lutavam, aquelas, por se livrarem do baixio em que se tinham imobilizado, quando a última, às 9 horas, apareceu e penetrou pela passagem única do canal, onde a violência da corrente e os paus submersos, ou repontando salteadamente, tornavam tão precária a navegação. Apesar disto atravessou-o sem incidente. Ao montar a volta da praia, porém, como – apesar de uma sondagem preliminar – encalhasse ligeiramente num baixio, deu atrás a fim de safar-se, o que conseguiu sem dificuldades. Mas sendo a corrente muito impetuosa a lancha, logo depois de retroceder, devia seguir avante, vencendo prontamente as águas, de modo que ela e seu pesado reboque não fossem sobre os paus ainda próximos. Não se conseguiu isto, falhando a máquina no momento em que devia agir mais poderosamente; de sorte que a lancha, com o batelão Manoel Urbano a jusante, derivou à feição da corrente indo a breve trecho esbarrar num enorme madeiro de cumarurana, onde o último, onde o último, arrombado, quedou preso, fazendo logo água e afundando num naufrágio irremediável.
Grandemente auxiliada pela tripulação da lancha peruana, Cahuapanas, a comissão brasileira, depois da faina tumultuária, própria de tais ocasiões, conseguiu salvar pouco mais de metade dos gêneros que levava, não havendo nenhum desastre pessoal a lamentar.
Deste modo a comissão mista, imobilizada toda, um dia antes de alcançar a confluência do Chandless – porque a Cahuapanas, por sua vez não conseguira desencalhar – teve que se reorganizar e ao mesmo passo traçar novos dispositivos que lhe favorecessem a missão.
Assim se reduziu a brasileira, numerosa demais para recursos que repentinamente diminuíram de metade.
As medidas combinadas foram prontas: a brasileira apenas formada pelo comissário, o auxiliar técnico, o médico, o subalterno da força, 11 soldados e trabalhadores, prosseguiu no dia seguinte, 22, para o Chandless, onde a alcançou, a 23, a peruana, que se não modificou, diminuída apenas da tripulação da Cahuapanas.
Ficara em S. Brás o resto do pessoal da primeira, sob a direção do ajudante substituto.
Reunidos no dia 25 de Maio na boca do Chandless, combinaram as comissões acerca das medidas que a situação exigia, e entre estas a de uma comunicação circunstanciada aos governos peruano e brasileiro, apresentando-lhes o quadro real das dificuldades que se lhes antolhavam e que pelo seu caráter imprevisto talvez justificassem ou originassem novas instruções.
Era uma medida indispensável. As notícias do estado do rio, a montante, chegavam desanimadoras. O Purus grandemente esgotado impropriara-se à navegação. Tinham parado, poucas milhas adiante, em abarracamentos provisórios, as Comissões Mistas administrativas peruano-brasileiras. Três vapores – o Santos Dumont, a Fênix e o Cassianã – jaziam não muito afastados, presos pelas areias. Diariamente desciam em canoas e em montarias, para Manaus, os seus tripulantes ou passageiros, e o que deles se colhia, sem variantes, era a mesma certeza do regímen desfavorável das águas.
Tudo isto justificava uma comunicação urgente, de que foi encarregado o subalterno da força brasileira, que no dia 26 de Maio desceu para Manaus, levando também a incumbência de adquirir novos gêneros para a comissão respectiva.
Entretanto, feita a comunicação meramente preventiva, não cogitamos em parar ali ou voltar – mas sim no avançar quanto antes, organizando-se em canoas e pequenos batelões a flotilha de subida.
Não nos iludíamos quanto às dificuldades que nos aguardavam.
Aparentemente, à simples inspeção de um mapa, já havíamos avançado muito.
Estávamos cerca de 1.500 milhas itinerárias da foz, ou sejam, aproximadamente, três quartos de todo o Purus já percorrido.
Restavam-nos no rumo médio de sudoeste apenas pouco mais de 2˚ em longitude e menos de 2˚ em latitude, numa distância itinerária inferior a 450 milhas. Mas o novo meio de transporte, imposto pelos acontecimentos, ligado ao estado do rio, tornava de todo e em todo ilusória esta aparente aproximação do nosso objetivo, que devíamos, demais, atingir ao arrepio da corrente.
De fato, argumentando com a velocidade média de 5 milhas diárias, e não era pequena dada a natureza dos nossos trabalhos que seriam maiores à medida que nos internássemos, concluímos que somente em 90 dias de navegação esforçada chegaríamos às nascentes.
Assim nos dispusemos para esta viagem dilatada, deixando a confluência do Chandless no dia 30 de Maio, ao meio-dia, com uma marcha de todo contraposta ao dilatado do nosso rumo: no dia 30, 3200 metros (1 milha, 7); no dia 31, 8200 metros (4 milhas, 40); a 1 de Junho, 9992 metros (5 milhas, 3).
Esta morosidade era sobretudo oriunda do processo que adotáramos para o levantamento hidrográfico, em que os rumos tomados com a bússola se ligavam às distâncias indiretamente conseguidas com a luneta de Lugeol – o que nos impunha paradas obrigatórias em todas as inflexões. O persistirmos no sistema acarretaria a extinção dos gêneros que levávamos, muito antes do nosso objetivo. Modificamo-lo, substituindo as medidas indiretas da luneta pelas que obtínhamos, avaliando as velocidades das canoas, por meio de repetidas bases medidas diretamente ao longo das praias mais afeiçoadas a esta operação. E graças a esta deliberação a nossa marcha aumentou, progredindo numa aceleração crescente até às cabeceiras.
No dia 2 de Junho, a uma hora da tarde, chegávamos ao acampamento do Refúgio, onde acampara a comissão administrativa, peruana, dirigida pelo Sr. Coronel Manoel Bedoya, imobilizada pelo encalhe da lancha Fênix que a transportara; e no dia seguinte, à noite (depois de um rápido avançamento, passando pelos barracões de Triunfo Velho, Porto Mamoriá, Cassianá e Triunfo) a Novo Lugar, onde, pelos mesmos motivos, estacionara provisoriamente a comissão administrativa brasileira, dirigida pelo Sr. capitão-tenente Borges Leitão, depois do encalhe do Santos Dumont, em que viera de Manaus.
Normalizara-se a nossa viagem e firmara-se de vez o rude regímen que nos impuséramos para cumprir a nossa missão: as jornadas iniciadas invariavelmente ao primeiro alvorecer, só se encerravam, feitas duas pequenas escalas para as refeições, quase à boca da noite.
Acampados geralmente uns ao lado de outros, na mesma praia, peruanos e brasileiros estimulavam-se deste modo pelo exemplo recíproco, numa emulação que nunca degenerou em discórdia e só trazia como consequências uma rapidez excepcional, que nunca prevíramos. De fato, ao cabo de alguns dias decampava-se desde que o primeiro alvor da ante-manhã permitia a leitura da bússola e avançava-se até a noite. Ao mesmo tempo, de pronto adestradas no manejo dos varejões, as tripulações das canoas porfiavam numa sulcada que dia a dia lhes exigia maiores cuidados e maiores esforços, pelos perigos crescentes dos abatises submersos e extensos bancos de areias exigindo, não raro, o arrastamento, a pulso, das canoas. A estes estímulos mútuos, que nunca diminuíram, devemos a rapidez da nossa viagem, sem embargo das escalas obrigatórias que a natureza dos trabalhos nos impunha.
A primeira foi em Novo Lugar, de onde a comissão brasileira só decampou a 7 de Junho pela manhã (demorada pela necessidade de transportar 30 volumes que tinha a bordo da Fênix), precedendo de dois dias a peruana, que partira a 5 e seguira vagarosamente a fim de aguardá-la em caminho.
Em Novo Lugar estava emergente a epidemia de beribéri, que tantos estragos fez, depois, naquele posto, e esta circunstância engravecida pela moléstia do médico da comissão administrativa, falecido poucos dias depois, fez que o comissário brasileiro atendesse ao pedido que lhe fez oficialmente, o Sr. comandante Borges Leitão, para que ali ficasse o médico da brasileira.
As comissões reunidas novamente a 9, além do sítio do Funil, prosseguiram até Sobral, onde chegaram no dia 11, depois de terem passado a 7 pelo sítio do Cruzeiro, a 8 pelo barracão Hosana, posto peruano abandonado, e a 9 pelo impropriamente denominado Furo do Juruá, igarapé de onde se passa por um varadouro para o Jurupari, afluente do Tarauacá.
Passado o sítio de Sobral, último barracão brasileiro do Alto Purus – agravaram-se as dificuldades da navegação, sucedendo-se, mais numerosos, os choques nos paus e encalhes nos bancos ou ou salões. No dia 13, a duas horas de canoa de Sobral, chegamos a Muronal, primeira barraca peruana do Alto Purus.
Felizmente nenhum caso sério de enfermidade aparecera até então nos dous acampamentos, enrijadas as tripulações pelo próprio regímen severo a que se submetiam, e também pela sensível melhora do clima a despeito de repentinas variações de temperatura, sucedendo-se aos dias ardentíssimos as noites enregeladas e úmidas, nas quais, às vezes, se tornavam penosíssimas as observações, sem embargo da serenidade dos céus.
Assim no dia 14 de Junho tivemos de acampar às 3 horas, violando o programa preestabelecido. A manhã rompera fria depois de chuva torrencial que despertara, à noite, os dous acampamentos, arrancando-lhes as barracas em fortíssimas lufadas, e contra o que era de esperar-se a temperatura, ao em vez de subir, começou a descer pelo correr do dia. Marcando 24˚ às 9 horas da manhã, indicava o termômetro 21˚5 às 11 horas e 21˚ às 2 da tarde, continuando nesta descenção até a noite, em que deve ter caído consideravelmente, porque reatamos a marcha, na manhã de 15, às 6 e 20 minutos, com a temperatura absolutamente anômala em tal latitude, de 13,8˚ C.
Passamos a 16 de Junho pelo sítios abandonados por peruanos, de União e Fortaleza, chegando no dia 17 a 1 hora da tarde, a outro “tambo” de caucheiros peruanos, Santa Rosa, na confluência do rio que se indica na carta de William Chandless sob a denominação de Curynahá. Prosseguimos no mesmo dia.
Entre Santa Rosa e Cataí, a região é aparentemente deserta: só caucheiros trabalham internados na mata. Nada revela antigas barracas ou postos. Atravessamo-la em pouco mais de quatro dias, reunindo-nos a 22 de Junho em Cataí, sede das Comissões Fiscais administrativas peruano-brasileiras.
Falhando naquela escala o dia 23, prosseguimos a 24, chegando no dia 25 pelas 10 horas da manhã ao sítio de San Juan, habitado por índios piros e peruanos loretanos que se dedicam à extração do caucho.
Em todos estes trechos os encalhes e súbitas esbarradas nos paus já se tinham tornado coisas triviais, sem causarem os alarmes ou contrariedades do princípio.
A 25 a comissão brasileira ficou reduzida a 9 pessoas apenas, inclusive o comissário e o engenheiro auxiliar, tendo sido remetidos presos para Cataí 5 soldados, que se revelaram pouco obedientes às ordens que lhes foram dadas. Entretanto este desfalque de pessoal, que reduziu aquela comissão a 9 homens, não alterou sensivelmente a marcha, que prosseguiu na ordem primitiva até a chegada em Curanja, no dia 28 de Junho à tarde. Curanja é o Curumaha, de W. Chandless.
Demoramo-nos 5 dias nesta escala obrigatória, onde pela primeira vez depois do naufrágio, se compararam os cronômetros das duas frações das comissões, efetuando-se as observações indispensáveis. Ali se confirmaram, mercê de informes plenamente fidedignos, as previsões que fizéramos em Manaus quanto à impropriedade da quadra em que havíamos partido, e outros empeços perturbadores. Era muito tarde, porém, para recuar; e uniformes no mesmo pensamento, resolvemos prosseguir na subida, o que se realizou no dia 6 de Julho.
Mas contra o que esperávamos, as dificuldades naturais não aumentaram muito, tornando-se mesmo pouco sensível a enorme redução das águas do Purus, depois da perda de um tributário do porte do Curanja. De sorte que a nossa viagem se manteve com a celeridade primitiva, como se verifica à simples consideração das escalas que fomos percorrendo: a 10 de Julho, pela manhã, passamos em Santa Cruz; a 11 em Cocama; a 13, em Independência; a 14, por Chambuiaco; a 15, pelo povoado campa de Tingoleales; a 16, por um outro, Kaki; a 17, pelo posto denominado Ordem; chegando finalmente a 18 na Forquilha do Purus; onde se erige o sítio Alerta, o mais avantajado posto de todo o rio na direção do sul.
Ai nos quedamos até o dia 23 de Julho, principalmente para se efetuarem as observações indispensáveis ao novo regulamento dos cronômetros, aproveitando-se a situação, que é de coordenadas definidas. E embora palpássemos, por assim dizer, as sérias dificuldades da subida (gravíssimas sobretudo para a Comissão Brasileira, cujos gêneros eram demasiado escassos, não havendo na localidade como supri-los), resolvemos afetuá-la, seguindo no dia 24 para as cabeceiras, pelo rio Cujar.
Compreendem-se as dificuldades que tivemos a vencer, neste avançar por um dos últimos galhos do grande rio, precisamente na quadra do seu máximo esgotamento; e se considerarmos além disto que ele, em virtude do caráter geognóstico do terreno, é como uma corredeira unica, tão numerosos e sucessivos são os pequenos rápidos que o perturbam, avaliam-se bem todos os esforços despendidos até ao dia 30, ao anoitecer, em que se reuniu a comissão mista na confluência do Cavaljane, na última das divisões dicotômicas tão características do Purus (Vide a planta anexa.)
Estávamos, finalmente, no ponto do grande rio de onde avançaríamos para lugares nunca cientificamente explorados. De fato William Chandless, com a sua prodigiosa tenacidade, chegara até ali; mas no prosseguir tomara rumo diverso daquele que deveríamos seguir. Avançara pelo ramo extremo do norte, do qual apenas percorreu mui poucas milhas, ao passo que nós prosseguiríamos pelo que investe francamente com o sul. Esta circunstância não pouco contribuiu para que nos refizéssemos de alentos. Tratava-se, realmente, de longo trecho do Purus, por certo bem conhecido de todos os caucheiros daquelas bandas, mas não apresentado ainda à ciência geográfica, como o revela a mesma circunstância de termos deparado ali o primeiro, e talvez o único erro do ilustre Chandless no traçar o Cavaljane com o rumo de todo falso de leste para oeste.
O estado do pequeno tributário, porém, extremamente esgotado, exigiu outros dispositivos à sulcada. Assim a comissão peruana se aparelhou com as pequenas ubás do correio de Iquitos, que lá encontráramos, o que lhe permitiu ceder à brasileira uma de suas antigas ubás, muito mais afeiçoada à subida que as pesadas canoas de itaúba em que aquela navegara. Mas apesar destes resguardos a viagem se fez com extraordinárias fadigas. Salvante bem poucos trechos, nos poços que salpitam o rio, pode-se afirmar que as embarcações foram levadas a pulso, em um moroso arrastamento sobre as areias até a confluência do Pucani, o ramo mais meridional do Purus. Mas para isto, em muitos pontos tivemos de substituir os remos e varejões pelas alavancas, sendo as embarcações lentamente empurradas pelo rio acima, nos longos trechos esgotados.
Deste modo a distância itinerária percorrida no Cavaljane, de pouco mais de 20 quilômetros, exigiu três dias e meio (de 31 de Julho a 3 de Agosto), o que corresponde a cerca de três milhas diárias.
Chegados no dia 3 de agosto à confluência do Pucani, que certamente define a mais meridional de todas as nascentes do Purus, não nos demoramos em realizar o reconhecimento do “varadouro”. Efetuamo-lo facilmente nos dias 3 e 4, [ 1 ] e voltamos logo, com a rapidez imposta pela escassez crescente de víveres, para a Forquilha, onde, reunidas outra vez no dia 10 de agosto, as duas frações das comissões concertaram quanto à execução da última parte do seu objetivo – a subida do Curiúja.
A vazante deste rio, porém, ia na sua fase mais intensa, e dificilmente poderia admitir-se que os integrassem outras embarcações, além das ubás apropriadas às suas águas rasas. A exemplo do que acontecera antes da nossa subida no rio Cujar, todas as opiniões firmavam de modo concludente a impossibilidade da subida – e vimos para logo, diante do progresso da vazante, que não poderíamos contrariá-las vitoriosamente, como o havíamos feito na sulcada anterior. Estavam, além disto, francamente esgotados os víveres da comissão brasileira, que na localidade só pôde refazê-las com as iúcas (mandiocas), de duração limitada e impróprias como alimentação exclusiva.
Apesar disto foi tentado o último esforço, partindo a comissão mista para o último e pequeno trecho que lhe restava conhecer, no dia 14 de Agosto pela manhã. A braços com o sério problema da alimentação do seu pessoal, mui escassamente garantida para cinco dias, no máximo, o comissário brasileiro levava o intento de uma avançada célere capaz de lhe permitir, em tão estreito prazo, a subida e a descida. Era a solução única à dolorosa e irremediável conjuntura em que se achava.
Ela, porém, só se verificaria na hipótese de uma navegação franca ao Curiúja, que absolutamente não podia existir naquela quadra. O rio esgotado e intermitentemente repartido em extensos baixios, quase ganglionado, às vezes, pelos bancos que se avantajavam dominando-lhe o leito e apertando-o em estreitos canais acompanhando-lhe as barrancas, patenteava para logo dificuldades de que irrompiam duas conseqüências deploráveis: o esgotamento das últimas energias de um pessoal longamente sacrificado e a morosidade obrigatória de uma viagem que devia ser rápida para que se garantisse a própria vida dos que a realizavam.
Ora, desde as primeiras horas do primeiro dia de viagem verificou-se impossível a celeridade indispensável e a Comissão Brasileira voltou, sendo-lhe materialmente impossível continuar uma viagem que na hipótese mais favorável duraria no mínimo dez dias, o dobro, portanto, do tempo que os seus recursos facultavam.
Tendo a comissão peruana formado o seu depósito de víveres em Curanja, dispunha somente dos necessários para chegar ao varadouro, e a fundada presunção de perder parte deles em uma navegação perigosa, não lhe permitiu oferecê-los a seus colegas.
Assim impossibilitada, a comissão brasileira contramarchou e se lavrou a ata respectiva, e como segundo as instruções os trabalhos feitos separadamente careciam de valor oficial, se empreendeu o regresso em rumo para Manaus, continuando-se sempre as observações e o contralevantamento, que deviam comprovar os trabalhos feitos na subida.
Felizmente a parte que ficou sem ser estudada não era grande nem de importância, pois se tratava do varadouro do Curiúja aberto recentemente pelo caucheiro Sr. Sharff, sem resultado prático, porque além das dificuldades que oferece à navegação daquele rio, tem mais o inconveniente de ser o caminho por terra muito acidentado e com tantos obstáculos que bem se pode dizer – está abandonado.
Julgamos necessário explicar o que se chama varadouro. Assim se denominam as veredas ou trechos rapidamente abertos e que tem por objeto passar de um rio para outro em curtíssimo tempo. Às vezes encurtam distâncias, comunicando seções de um mesmo rio.
O varadouro deve oferecer a vantagem, pelo menos na região que temos andado, de ter o seu declive suave e plano, de modo que permite ao caucheiro trasladar-se com embarcações e carga. Tal sucede com o do Cujar. O viajante que o atravessa, passa das águas do Ucaiale para as do Purus, e vice-versa, e continua navegando na mesma embarcação que passou por esse istmo [ 2 ]. Isto, que ele só com muitas dificuldades praticaria no do Curiúja, faz que este perca por completo toda a sua importância. Abandona-o, preferindo dar uma grande volta para atravessar o do Cujar, que se acha situado mais para o sul.
Felizmente existindo acerca do diminutíssimo trecho a percorrer, as mais seguras e pormenorizadas informações, este contratempo não teve importância apreciável no remate dos nossos trabalhos, volvendo definitivamente a comissão mista para Manaus, onde chegou nos últimos dias de Outubro.
Ai se dedicou aos trabalhos de escritório, enfeixando-se as suas observações nos resultados que vamos sucintamente apresentar.
Viaje
En cumplimiento de lo que las instrucciones mandaban, reuniéronse las comisiones en la ciudad de Manáos, verificóse la instalacion oficial y comparacion de los cronómetros, segun las actas que se encuentran en los anexos; y prolongaron su estadia hasta el 5 de Abril en que la comision mixta seguió en demanda de su destino. Esta demora fué obligada, porque las instrucciones solo fueron recibidas dias antes de la partida. El tiempo perdido en Manáos nos desesperaba, pues hacia problemático el poder llegar al fin del viaje que nos encomendaban ó al menos aumentaba grandemente las dificultades, por que la vaciante se originaba en esos meses y las facilidades de navegacion á vapor acortábase, haciéndose por el contrario mucho mayor la que habia que hacer en botes en rio de tan largo curso.
Sin embargo aprovechóse el tiempo en aparejar los elementos de movilizacion lo mejor posible, y ambas comisiones, anhelando el más exacto y rápido cumplimiento del deber, estuvieron listas a la vez y como se ve recibidas las instrucciones, y cumplidas las primeras indicaciones, zarparon en convoy.
Partiamos en la época más impropia, precisamente cuando iba á cesar la navegacion regular para el Alto Purus, sujeta como se sabe á los periodos de las vaciantes y de las crecientes que todos los años se suceden de Abril á Noviembre y de Noviembre á Marzo. A pesar de esto la surcada hasta la confluencia del Acre, hizose con la mayor regularidad, pero tuvo que hacerce excesivamente morosa.
Reunida toda la Comision Mixta en la confluencia del Purus á las 7 horas de la mañana del dia 9 de Abril, acordaron los dos jefes, brasileño e peruano, los procedimientos generales que debrian adoptarse para iniciar los trabajos, todo lo cual consta en acta que para el efecto se formó y que vá en los anexos.
Deberian continuar viaje navegando dia y noche, efectuandose el levantamiento hidrográfico solamente de dia, de manera que las secciones que se pasaban durante la noche y que no pudieron ser marcadas se incluirian en el contralevantamiento que debian verificar en la bajada. Esta medida tenia por principal objeto, recuperar el tiempo perdido y aprovechar así los restos de la creciente, que serian de todo perdidos con las demoras que se impondrian al tratarse de un trabajo minucioso por el momento inecesario, por encontrarnos en la region la más bien conocida del Purus y convenia hacer todo esfuerzo para llegar á los lejanos puntos de las cabeceras que constituian el objetivo esencial de nuestra mision.
Estas disposiciones generales daban cierto método á nuestros trabajos futuros y serian además, como realmente lo fueron, modificadas conforme á las circunstancias y á una experiencia mayor que se iba adquiriendo.
La comision peruana, a quien una embarcacion unica permitia movilizacion más regular, inició el levantamiento sin interrupcion dia y noche y en esto fué imitada por la brasilera, tan pronto como fué contratado el remolque del batelon Manoel Urbano con el vapor Tracuá, lo que se verificó el 13 de Abril en la altura de Boa Vista de Bacury.
Hasta el punto el viaje fué demasiado lento, mejorando despuès por haberse amarrado las dos lanchas brasileñas á fin de establecer mayor uniformidad de marcha y verificar asi con más acierto el levantamiento citado.
Desgraciadamente el vapor que remolcaba el batelon, chocó con un palo, estuvo en peligro de naufragar y esto contribuyó tambien á la demora de la marcha. De modo que el 5 de Mayo, exactamente un mes después de la partida de Manáos, seguimos de la boca del Acre para las cabeceras.
Aprovechamos los 3 dias del 2 a 5 de Mayo, que permanecimos en la boca de este afluente, para verificar por primera ves después de nuestra salida, la marcha de los cronómetros, asi como las primeras observaciones acerca del régimen y caractéres físicos de los rios. Como estes trabajos exigen gran demora, convinimos, puesto que las instrucciones solo mandaban un lijero levantamiento del bajo Purus y las razones ya expuestas nos obligaban á avanzar lo más pronto posible, en solo empezar las observaciones de coordenadas y de detalles del Acre para arriba. Existia tambien la causa fundamental de estar perfectamente estudiada la parte que habiamos recurrido, y de que habian más arriba puntos de posicion bien conocida que permitia con más acierto el trabajo de las marchas cronométricas, sujetas no solo á las causas ordinarias de variacion, sino á otras muchas extraordinarias que oferecen las especiales condiciones en que verificábamos el viaje. Combináronse nuevas disposiciones para la navegacion de acuerdo con la vaciante, cada ves mayor que ibamos encontrando y el menor volúmen del Purus al perder á su mayor tributario. Se estableció que la navegacion solo se haria durante el dia, dados los peligros de la surcada en la noche por los inumerables palos que se hallaban á flor de agua. Tambien se arregló un plan de señales, de modo que los dos elementos de la comision facilmente pudiesen comprenderse segun las circunstancias. El viaje continuó si que ocurriese nada digno de notarse, obligados pa las paradas necesarias que exigia el acarreo del combustible ó sea la leña, y por los resguardos, que se hacian cada vez mayores, para evitar los peligrosisimos choques en los palos, que en número cada ves mayor, aparecian en los canales.
Afin de uniformisar mejor la nevegacion y por conseguiente el levantamiento que se hacia dependiente en parte de la regularidad de la marcha, ligáronse las dos lanchas “n. 4” y “Cahuapanas”, seguiendo las aguas la “Cunha Gomes”, que remolcaba el batelon.
Despues de la confluencia del Yaco, á donde llegamos el 11 de Mayo y en cuyas cercanias encontramos el “Neptuno”, el ultimo vapor que descendia librándose de la vaciante excesiva del rio, las singladuras hiciéronse muy irregulares y fatigantes, obligando á continuos sondajes y paradas, no solo por los muchisimos palos, que fueron aumentando a partir de Novo Destino, sinó tambem por los bancos de arcilla colorada endurecida, que con los nombres locales de torrões y salões hacian cada vez más dificultosa la travesia.
En Terruan y Catiana, la “Cunha Gomes” inmobilizóse, encallada en esos bancos.
Preveiamos el fin de la navegacion en la confluencia del Chandless, de donde no podrian pasar nuestras embarcaciones cuyos calados se hacian cada vez más impropios por la escacés de las aguas. Pero precisamente el dia que debiamos llegar á ese afluente, nos hallábamos, en la mañana del dia 21 de Mayo, en la vuelta de San Blás, cuando um accidente desastroso, modificó profundamente el curso de nuestro viaje. El pasaje alli, á ejemplo de otros que se habian pasado, ofrecia la alternativa de la encallada ó del naufragio; si se tomaba la convexidad de la playa donde la corriente disminuye, encontrábase con los bancos de arena; se seguiamos por la parte cóncava, donde existia la ventaja de una mayor profundidad, se anulaba completamente ante los peligros ofrecidos por numerosos palos, cuyas puntas amenazadoras dificilmente podrian ser evitadas. Naturalmente, á pesar de los peligros, preferióse el último caso.
Fué lo que realizó la “n. 4” y la “Cahuapanas”, saliendo airosas del sitio peligroso, pero sin poder librarse de la varada que tuvo lugar alfin de la curvatura ó playa (á las 7h 50m a.m. ) y de la que salimos despues de algunas maniobras.
La “Cunha Gomes” remolcando el pesado batelon “Manoel Urbano”, venia ligeramente atrazada: de suerte que aún luchaban aquellas por librarse del bajo en que se hallaban inmobilizadas cuando apareció la ultima á las 9 a.m. y penetró por el único pasaje del canal, cuya navegacion haciase tan precaria á la violencia de la corriente y los palos submergidos ó á flôr de agua, que obstruian el curso del rio. A pesar de esto, lo atravesó sin incidente; pero al finalizar la vuelta y no obstante de haber hecho un sondaje preliminar, encalló ligeramente en un bajo, por lo que dió atrás, á fin de safar, lo que se conseguió sin dificultad. La corriente éra muy fuerte; al retroceder la lancha, debia inmediatamente seguir avante, venciendo con prontitud la corriente, de modo que la “Cunha Gomes” y su remolque no cayesen sobre los palos que aun estaban muy proximos. No se conseguió esto, porque la máquina no funcionó debidamente en el momento en que era más necesario dar toda fuerza, de suerte que la lancha con el batelon, arrastrados por la corriente, fueron á poca distancia á estrellarse contra un gran palo de capirona, que perfurando al último lo anmobilizó y empenzando á hacer agua rapidamente, se verificou un naufragio, que fué irremediable.
Grandemente auxiliada por la tripulacion de la lancha peruana “Cahuapanas”, la comision brazilera despues de penosa faena, propia de tal ocasion, conseguió salvar poco más de la mitad de las mercadarias que llevaba, no habiendo ocurrido desastre personal que lamentar.
De este modo la Comision Mixta, detenida todo un dia, antes de llegar á la boca del “Chandless”, por que la “Cahuapanas” á su vez no conseguió salir del sitio donde estaba encallada, tuvo que reorganizarse y al mismo tiempo tomar nuevas disposiciones, que facilitasen el buen término de su mision.
Asi, se redujo la comision brasilera, muy numerosa para los recursos que repentinamente disminuyeron en la mitad.
Las medidas que se tomaron fueron eficaces: la comision brasilera, formada por el comisario, el auxiliar técnico, el médico, el subalterno de la fuerza, 11 soldados y trabajadores, seguió el dia 22 viaje al “Chandless”; donde el 23 la alcanzó la comision peruana, disminuida solo en la tripulacion de la lancha “Cahuapanas”.
Quedó en San Blás el resto del personal brasilero, á cargo del ayudante sustituto.
Reunida el 25 de Mayo la Comision Mixta en la boca del Chandles, combinaron los jefes respectivos, las medidas que se hacian necesarias tomar y entre estas, acordaron mandar a los Gobiernos brasilero y peruano, una relacion detallada, haciéndoles ver el cuadro real de las dificultades que se presentaban, y que por su carácter imprevisto, talvez justificasen y originasen nuevas instrucciones.
Era una medida indispensable. Las noticiasdel estado del rio, llegaban desanimadoras. El Purus en toda la yaciante, hacia muy dificultosa la navegación. Habian parado pocas millas adelante, en casas provisorias, la Comision Mixta brasilero-peruana y tres vapores, el Santos Dumont, el Fénix y el Cassianá, yacian no muy separados, presos por las arenas. Diariamente bajaban en canoas ó monterias, para Manáos, ó sus tripulantes ó pasageros, y lo que de ellos se sacaba siempre en claro, éra la certeza de la completa vaciante del rio.
Todo esto justificaba una comunicacion urgente, de que fué portador el subalterno de la fuerza brasilera, que en el dia 26 de Mayo bajó para Manáos, llevando á la vez órden de conseguir nuevos viveres para su comision.
Entre tanto, y hecha la comunicación, meramente preventiva, no pensamos en parar alli ó regresar, sinó mas bien avanzar cuanto antes, organizando en canoas y pequeños batelones na flotilla de subida. No nos engañábamos encuanto á las dificultades que con certeza nos aguardában.
Aparentemente, á la simple inspeccion de un mapa, yá habiamos avanzado mucho.
Estábamos á cerca de 1500 milhas itinerarias de la boca, ó sean aproximadamente tres cuartos de todo el Purus yá recorridos; restábanos al rumbo médio del sudoeste apenas poco más de 2˚ en longitud y menos de 2˚ em latitud, y una distancia itineraria inferior á 450 millas. Más el medio nuevo de transporte impuesto por los acontecimientos, ligado al estado del rio, hacian de todo ilusoria esa aparente aproximación de nuestro objetivo, con otra dificultad, la fuerza de la corriente.
Realmente, navegando con una velocidad média de 5 millas diarias (que no era pequeña, dada la naturaleza de nuestros trabajos) que iban siendo mayores á medida que nos internábamos, concluiamos que solamente em 90 dias de navegación forzada, llegariamos á las nacientes.
Asi nos dispusimos para este viaje dilatado, dejando la confluencia del Chandless, el dia 30 de Mayo, á medio dia, con una marcha de todo opuesta á lo dilatado de nuestro rumbo _ el 30, 3200 métros (1 milla 7); el 31, 8200 métros (4 millas 40) y el 1º. de Junio, 9992 métros (5 millas 3).
Esta demora, sobretodo originada por el método que adoptámos para el levantamiento hydrográfico, donde los rumbos tomados com la brújula á las distancias indirectamente observadas con la luneta Lugeal, lo que nos imponia paradas obligatorias en todas las vueltas. Persistiendo en este sistéma, hubiera traido por consecuencia el agotamiento de los viveres que llevábamos, mucho antes de haber conseguido nuestro objeto. Lo modificamos, sustituyendo á las medidas indirectas de la luneta, por las que obteniamos avaluando las velocidades de las canoas, por medio de repetidas bases, medidas directamemte á lo largo de las playas más aparentes á esta operacion. Y gracias al nuevo método adoptado, nuestra marcha aumentó progresivamente hasta las cabeceras.
El dia 2 de Junio, á la 1 de la tarde, llegamos al campamento del “Refúgio”, donde estaba acampada la comision administrativa peruana, dirigida por el Sr. Coronel Manuel Bedoya, inmovilizada por haber encallado la lancha Fénix, que la transportó; y al dia siguiente de noche, despues de un rápido avance pasando por los puestos de Triunfo Vièjo, Puerto Mamoriá, Cassiana y Triunfo, llegamos al Novo Lugar, donde, por los mismos motivos, estaba estacionada provisoriamente la comision administrativa brasilera, dirijida por el Capitan-Teniente Borges Leitão, despues de la encallada de Santos Dumont, en el que habia ido de Manáos.
Normalizóse nuestro viaje y acentuábase á la vez el rudo régimen que nos habiamos impuesto, para cumplir nuestra mision: las jornadas se emprendian invariablemente muy temprano y solo se terminaban, hechas dos pequeñas escalas para las refecciones, casi al anochecer.
Acampados generalmente unos al lado de otros en la misma playa, brasileros y peruanos, estimulabanse de este modo por el ejemplo reciproco, en una emulación que nunca degeneró en discordia y que solo traia como consecuencias una rapidéz excepcional que nunca preveimos. en efecto, al cabo de algunos dias dejábamos los campamentos desde que la primera claridad del dia permitia la lectura de la brújula y avanzábamos hasta la noche. Al mismo tiempo, adiestradas en el manejo de las tanganas, las tripulaciones de las canoas porfiában en darles toda la rapidéz que éra posible, lo que exigia dia á dia mayores cuidados y mayores esfuerzos por los peligros crecientes y que proveian yá de choques contra palos cubiertos por el agua,yá por los extensos bancos de arena, haciendóse necesario en algunos casos arrastar las canoas á pulso. Á estos istimulos mútuos, que nunca disminuyéron, debemos la rapidez de nuestro viaje, no obstante las paradas obligatorias que la naturaleza del trabajo nos imponia.
La primera fué en Novo Lugar, de donde la comision brasilera solo salió el 7 de Junio por la mañana (demorada por la necesidad de transportar 30 volúmenes que tenia á bordo del Fénix); la comision peruana, la precedió en dos dias y seguió navegando despacio, con el fin de que le diera alcance en camino, la brasilera.
En Novo Lugar estaba grasando la epidemia del beri-beri, que tantos estragos hizo despues en este puesto, y esta circunstancia, aumentada con la enfermedad del médico de la comision administrativa (fallecido poco despues) hizo que el comisario brasilero atendiese al pedido que le hizo oficialmente el Sr. comandante Borges Leitão, para que quedase alli el médico de la comision brasilera.
Reunidas las comisiones nuevamente más allá del puesto “Funil”, siguieron hasta “Sobral”, donde llegaron el dia 11, despues de haber pasado el 7 por el sitio de “Crucero”, el 8 por “Hosana”, puesto de peruanos, abandonado, y el 9 por el impropiamente llamado Furo del Juruá, quebrada de cuyas cabeceras se pasa por un varadero al “Jurupari”, afluente del “Tarahuacá”.
Pasando el sitio de “Sobral”, ultimo puesto brasilero del Alto Purus, se agravaron las dificultades de la navegación, sucediéndose más numerosos los choques contra los palos y los encalles en los bancos de greda. El 13, á 2 horas en canoa de “Sobral”, llegamos a “Moronal”, primer tambo habitado por peruanos.
Felizmente ningun caso sério de enfermedad se presentó hasta entonces en los dos campamentos, debido al severo régimen á que se sumetió á las tripulaciones, á la práctica que iban adquiriendo en el trabajo, y tambien por la sensible mejora del clima, á pesar de repentinas variaciones de temperatura, sucediéndose á dias ardientisimos, noches frias y húmedas, en las cuales muchas veces se hacian penosisimas las observaciones, á pesar de la serenidad de los cielos.
Asi el dia 14 de Junio, tuvimos que acampar á las 3 de la tarde, violando el programa preestablecido. La mañana amaneció fria despues de lluvia torrencial, que despertó en la noche á los dos campamentos, arrancándoles las cárpas um fuerte viento, y contra lo que era de esperar, la temperatura en vez de subir, comenzó á bajar en el trascurso del dia; marcando el termómetro 24º c. á las 9 de la mañana, 21º,5 á las 11, e 21º á las dos de la tarde, continuando en este descenso hasta la noche, en que debió haber bajado considerablemente, puesto que en la mañana del 15 á las 6 hs. y 15 minutos en que partiamos, teniamos una temperatura de 13º,8, lo que és realmente anómalo en tal latitud.
Pasamos el 16 de Junio por los sitios abandonados por los peruanos, de “Union” e “Fortaleza”, llegando el dia 17 á la 1 de la tarde á otros tambos de caucheros peruanos, “Santa Rosa” en la confluencia del rio que se indica en la carta de William Chandless, con la denominación de Curynahá.
Seguimos viaje el mismo dia. Entre “Santa Rosa” y “Catay”, la region és aparentemente desierta: solo los caucheros trabajan internados en el bosque, y nada revela antiguos puestos ó tambos, á excepcion de los dichos abandonados. Esta seccion la recorrimos em poco más de 4 dias, reuniéndonos en 22 en Catay, lugar donde estan establecidas las Comisiones Fiscales Administrativas brasilero-peruanas; despues de hacer escala de un dia en este sitio (23), seguimos viaje el 24, llegando el 25 á las 10 de la mañana al sitio de “San Juan”, habitado por indios piros y peruanos loretanos, que se dedican á la extraccion del caucho.
Las encalladas y choques contra los palos, ya se habian hecho cosas triviales, sin causar alarmes y contrariedades, como al principio.
El 25 la comision brasilera quedó reducida á 9 personas apenas, inclusive el comisario y el ingeniero auxiliar, habiendo sido remetidos presos para Catay 5 soldados poco obedientes, que se rebelaron á las órdenes dadas por los jefes. Entretanto esta falta de personal que redujo aquella comision á nueve hombres, no alteró sensiblemente la marcha, que proseguió en el órden primitivo, hasta la llegada al Curanja, (Curumahá, de W. Chandless), el dia 28 de Junio en la tarde.
Nos demoramos 5 dias en esta escala obligatoria, donde por la primer vez, despues del naufragio, se comparáron los cronómetros de las dos fracciones de las comisiones, efectuándose las observaciones indispensables. Alli se confirmaron, merced á informaciones ciertas, las previsiones que hiciéramos em Manáos _ respecto á lo impropio de la época en que habiamos partido. Pero éra necesario cumplir las órdenes recibidas y uniformes en el mismo pensamiento, resolvimos proseguir, saliendo el dia 6 de Julio.
Pero contra lo que esperábamos, las dificultades naturales no aumentáron mucho, haciendóse al mismo tiempo poco sensible la reduccion de las aguas del Purus, despues de la pérdida de un tributario de la importancia del Curanja. De suerte que nuestro viaje se mantuvo con la rapidéz primitiva, como se vê por la simple apreciación de las escalas que fuimos recorriendo: el 10 de Julio por la mañana pasando por “Santa Cruz”, el 11 por “Cocama”, el 13 por “Independencia”, el 14 por “Chambuyaco”, el 15 por el puesto Campa de “Tingoleales”, el 16 por otro puesto, campo “Kaki”, el 17 por el puesto denominado “Orden”, llegando finalmente el 18 á la formación del Purus, donde se levanta el puesto “Alerta”, el más avanzado de todo el rio en la direccion Sur.
Alli nos quedamos hasta el dia 23 de Julio, para efectuar principalmente las observaciones indispensables para el nuevo arreglo de cronómetros, aprovechando la situación del lugar que és de coordenadas definidas.
Aunque palpássemos, por asi decir, las sérias dificultades de la subida (gravisimas sobre todo para la comisión brasilera, cuyos viveres éran demasiado escasos, no habiendo en la localidad como suprirlos) resolvimos efectuarla, siguiendo el dia 24 para las cabeceras, por el rio “Cujar”.
Compréndese las dificultades que teniamos que vencer en esta surcada, por uno de los ultimos tributarios del gran rio, precisamente en la época de su mayor vaciante; y si consideramos _ además, que en virtud del carácter geognóstico del terreno, és como una corriente única, tan numerosos y sucesivos son los pequeños rápidos que lo perturban, se comprende que bien se necesitáron todos los esfuerzos desplegados hasta el dia 30, al anochecer, em que se reunió la Comision Mixta en la confluencia del “Calvajane”, última de las divisiones dicotómicas tan caracteristicas do Purus.
Estábamos finalmente en el punto del gran rio, de donde avanzariamos para lugares nunca explorados cientificamente. En efecto, William Chandless, con su admirable tenacidad, llegó hasta alli; pero, al seguir adelante, tomó rumbo diferente de aquél que nosotros deberiamos seguir. Avanzó por la rama extrema del Norte, de la cual apenas recorrió muy pocas millas, al paso que nosotros proseguiriamos por la que se dirije aproximadamente hácia el Sur. Esta circunstancia no poco contribuyó para que tomásemos nuevo aliento. Tratábase realmente de gran trecho del Purus, bien conocido de los caucheros de aquellas regiones, más no asi por la ciencia geográfica, _ como lo revela la misma circunstancia de haber encontrado alli el primero, y talvez el único error del ilustre Chandless, al trazar el “Cavaljane” con un rumbo iexacto de éste para oéste.
El estado de este pequeño tributario, cuya vaciante éra extrema, exigió otras disposiciones para la surcada. Asi la comision peruana se preparó con las pequeñas canoas del correo de Iquitos, que alli encontró, lo que permitió proporcionar á la brasilera una de sus antiguas canoas, mucho más aparente para la subida que las pesadas de itaúba en que aquella navegaba. Más á pesar de estas medidas, el viaje se hizo con extraordinarias fatigas. Salvando pocos trechos y algunos pozos que contiene el rio, puédese afirmar que las embarcaciones fueron llevadas á pulso, en um moroso arrastramiento sobre las arenas, hasta la confluencia con el Pucane. Fué necesario cortar rodillos de madera, de una planta especial llamada cotico y que contiene una sustancia gomosa en su corteza y colocarlos sobre el lecho del rio, levantando las embarcaciones sobre ellos y impulsadas por palancas que se afianzaban a la popa hacerlas deslizar sobre ellos.
De este modo la distancia itineraria recorrida en el Cavaljane, de poco más de 20 kilómetros, exigió tres dias y medio (31 de Julio á 3 de Agosto), lo que corresponde á cerca de tres milhas diarias.
Habiendo llegado el dia 3 de Agosto pa la confluencia del “Pucane”, que ciertamente define la más meridional de todas las nacientes del Purus, y en donde no fué yá posible entrar en embarcaciones, lo recurrimos á pié, no demorando en realizar el reconocimiento del varadero. Efectuámoslo facilmente en los dias 3 y 4 y regresamos con la rapidéz impuesta por la escaséz de víveres, á la formación del Purus, donde reunidas otra vez el dia 10 de Agosto las dos fracciones de las comisiones, deliberáron acerca de la ejecucion de la última parte de su objetivo, la subida del “Curiúja”.
La vaciante de este rio sin embargo, estaba en su fás más intensa y dificilmente podia admitirse que lo surcasen embarcaciones y ni aún las canoas apropiadas para sus aguas rasas.
Lo mismo que aconteció antes de nuestra subida al rio “Cujar”, todos afirmában que éra imposible sa surcada, y vimos más tarde al continuar viaje que éran tales las dificultades ofrecidas por la vaciante que no podria más contrarestarla victoriosamente, como lo habiamos hecho en la surcada anterior. Estaban, además de ésto, agotados los viveres de la comision brasilera, que en la localidad solo podia reponerlos con yucas, de duracion limitada, e impropias como alimentacion exclusiva.
A pesar de ésto, fué tentado el último esfuerzo, partiéndo la Comision Mixta, para el último y pequeño trecho que le restaba conocer, el dia 14 de Agosto por la mañana. El comisario brasilero luchando en el sério problema de alimentacion de su personal, con viveres muy escasos, solo para 5 dias maximum, intentó llevar á cabo un viaje rápido, capaz de permitirle en tan poco tiempo la subida y la bajada. Era la solucion única e dolorosa en que se hallaba.
Más ella solo se verificaria en la hipótesis de una navegacion franca del Curiúja, que absolutamente no podia existir en aquella época.
El rio muy seco é intermitentemente repartido en extensos brazos, casi obstruido á veces por los bancos que se presentában dominando el lecho y reduciéndolo á estrechos canales apretados contra los barrancos, puso de manifiesto dificultades de las que se deducian dos consecuencias deplorables: la pérdida de las ultimas energias de um personal largamente sacrificado, y la demora obligatoria de un viaje que debia ser rápido para que garantizase la propia vida de los que lo realizaban.
Ahora bien, desde las primeras horas de comenzado el viaje, se vió que era imposible la rapidéz indispensable y la comision brasilera regresó, siéndole materialmente imposible continuar en un viaje que en la hipótesis más favorable demoraria lo menos diés dias, el doble portanto de tiempo que sus recursos le permitian suportar.
Habiendo la comision peruana formado su deposito de viveres en Curanja, disponia solo de los necesarios para su avance al varadero y la fundada presuncion de perder parte de ellos en una navegacion peligrosa, no le permitió ofrecerlos á sus colegas.
Impossibilitada asi, la comision brasilera contramarchó y se suscribió el acta respectivo, y como segun las instrucciones el trabajo hecho aisladamente carecia de valor oficial, se emprendió regreso con rumbo á Manáos — continuándose siempre las observaciones y contralevantamiento que debian comprobar los trabajos hechos en la subida.
Felizmente la parte que quedó sin estudar no era extensa ni de importancia; pues se trataba del varadero de Curiúja, abierto recientemente por el cauchero Sr. Sharff, sin resultado práctico, porque dadas las dificultades que ofrece la navegacion del Curiúja tiene el mayor inconveniente de ser el camino por tierra muy accidentado y con tantos obstáculos que puéde decirse está abandonado.
Creemos necesario explicar lo que se llama varadero: se denomina asi á los senderos ó trechos ligeramente abiertos y que tienen por objeto passar de un rio á otro en curtisimo tiempo y ás veces acortar grandemente las distancias, comunicando secciones de un mismo rio.
El varadero deve ofrecer la ventaja, al menos en la region que hemos recorrido, de que su pediente sea tan suave y llana que permita al cauchero trasladarse com embarcaciones y cargas. Tal sucede con el del Cújar. El viajero que lo atraviesa pasa de las aguas del Ucayale á las del Purus ó vice-versa y continua navegando en la misma embarcacion en que se pasó por este istmo.
Esto que no ha podido ser practicable en el del Curiúja, le hace perder por completo toda importancia y lo abandónan, prefiriendo dar un gran rodeo para tomar el de Cujar, que está más al Sur.
Felizmente existiendo acerca del pequeñisimo trecho por precorrir las más seguras y pormenorisadas informaciones, este contratiempo no ha tenido importancia apreciable en el remate de nuestros trabajos, volviendo pués la Comision Mixta para Manáos, adonde llegó en los ultimos dias de Octubre, y alli se dedicó á los trabajos de escritorio y ordenar sus observaciones, como se vé en los resultados que sucintamente vamos á exponer.
[ 2 ] Istmo: a terra por onde passa o varadouro. N. do E.
BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus. A viagem. Texto e pesquisa de Euclides da Cunha, pesquisa, rev. e trad. espanhol de Pedro Alejandro Buenaño. In: EUCLIDESITE. Notas de Oswaldo Galotti e Juan C. P. de Andrade, org. Juan C. P. de Andrade. Obras de Euclides da Cunha. Relatório… São Paulo, 2020. Disponível em: https://euclidesite.com.br/obras-de-euclides/relatorio-da-comissao-mista-brasileiro-peruana-de-reconhecimento-do-alto-purus/ Acesso em: [data]. Reprod. BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus: notas complementares do comissário brasileiro (1904-1905). Texto e pesquisa de Euclides da Cunha, pesquisa, rev. e trad. espanhol de Pedro Alejandro Buenaño. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1906. 7, 88, 76 pp., 2 fls. de lâminas dobradas, 2 mapas dobrados. 25 cm. Exemplar da coleção Dr. Oswaldo Galotti, Acervo Casa de Cultura Euclides da Cunha, São José do Rio Pardo, São Paulo. Ortografia atualizada.