“Os Sertões” e a Literatura

aspas

“Os Sertões” revela que a Literatura deve ser o depoimento da época, dos homens, o retrato profundo dos flagrantes que definem o comportamento dos seres e seu condicionamento: nisto residirá a mensagem, a significação, a comunicação.

Naief Sáfady apud Adelino Brandão, Euclides da Cunha e os militares (Jundiaí, Panorama, 1971), p. 25.

Descrição da natureza

paisagem da caatinga

Cada brasileiro que sabe ler, ai! de nós, somos tão poucos ainda, poderia repetir aquela invocação que o Goethe põe nos lábios do sábio remoçado, sempre que, finda a leitura, cerrasse certas páginas de Euclides. Não há, nem houve, e nunca haverá quiçá, quem descreva a natureza do Brasil de maneira tão formidável.

Edgard Roquette-Pinto, Conferência “Euclides da Cunha naturalista”, realizada em 15 de agosto de 1917 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e a 11 de abril de 1918 no Conservatório Dramático de São Paulo apud RANGEL, Alberto. et al. Por protesto e adoração: In memoriam de Euclides da Cunha. [Rio de Janeiro]: Grêmio Euclydes da Cunha, 1919. p. 61.

Verdade

Simulação de “Prisão de jagunços pela cavalaria”

Euclides da Cunha disse a verdade no país da mentira e foi original no país do plágio.

Agripino Grieco. Foto: Flávio de Barros, Simulação de “Prisão de jagunços pela cavalaria”. Canudos, BA, 1897. Coleção Instituto Geográfico e Histórico da Bahia. Arquivo digital. Acervo Instituto Moreira Salles, Museu da República.

Euclides da Cunha

Monumento às bandeiras

Euclides da Cunha foi o primeiro bandeirante dessa ‘entrada’ nova pela alma da nacionalidade brasileira.

Afrânio Peixoto, Euclides da Cunha: o homem e a obra (Discurso de recepção na Academia Brasileira de Letras) em 15 de agosto de 1911. In: Poeira da estrada: ensaios de crítica e de história, São Paulo, W. M. Jackson, 1944. Ilustração: Monumento às bandeiras, de Victor Brecheret, Ibirapuera, São Paulo.